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João Escoto Eriúgena nasceu na Irlanda (Eire, daí Erígena ou Eriúgena), entre 800 e 810. Em 846-7 entra para a corte, itinerante, de Carlos o Calvo, onde tem funções de mestre de artes liberais na escola palatina.
Tradutor de padres gregos, entre 862 e 866: corpus completo de Dionísio pseudo-Areopagita, Ambigua e Questiones ad Thalassium de Máximo o Confessor, De hominis opificio de Gergório de Nissa.
Compõe o Periphyseon (também conhecido como De divisione naturae) entre 864 e 866. Trata-se de um vasto tratado em cinco livros de diálogo entre um Mestre (Nutritor) e o seu discípulo (Alumnus). A obra é considerada o primeiro grande sistema metafísico escrito na Idade Média latina. Sob a intenção de comentar o relato do Génesis sobre os seis dias da criação propõe um modelo de divisão dialética do real, assente na discussão do ser e do não-ser e das categorias e a possibilidade da sua aplicação à natureza divina (possibilidade que é absolutamente negada, ou admitida apenas em sentido figurado).
De divina praedestinatione : John Scottus Eriugena, Treatise on Divine Predestination, ed. and trans. by Mary Brennan, (Notre Dame Texts in Medieval Culture, 5) University of Notre Dame Press, Notre Dame 1998.
Periphyseon : Ioannes Scotus Eriugena, Periphyseon, E. Jeauneau (ed.) Liber primus, Liber secundus, Liber tertius, Liber quartus, Liber quintus, (Corpus christianorum, Continuatio Mediaevalis, 161-5), Brepols, Turnhout 1996, 1998, 1999, 2001, 2003.
Estudos: P.E. Dutton «Minding Irish Ps and Qs: Signs of the First Systematic reading of Eriugena’s Periphyseon», in J. Brown — W.P. Stonemann (eds.), A Distinct Voice. Medieval Studies in Honor of Leonard E. Boyle, O.P., University of Notre Dame Press, Notre Dame, Ind., 1997, pp. 14-31.
C. Martello, Fisica della creazione : la cosmologia di Clarembaldo di Arras. Tractatulus super librum genesis: testo traduzioe e commento, (Symbolon. Studi e testi di filosofia antica e medievale 18), CUECM, Catania 1998 [inclui um longo apêndice sobre o Timeu e Escoto Eriúgena: «Oggettività e razionalità della natura in Giovanni Scoto», pp. 375-447].
D. Moran, «Idealism in Medieval Philosophy: The Case of Johannes Scotus Eriugena», Medieval Philosophy and Theology, 8 (1999) 53-82;.
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