J. Meirinhos
NOTA: os manuscritos assinalados com * estão disponíveis para consulta no Gabinete de Filosofia Medieval / Institto de Filosofia.
Pedro Hispano: Sententia cum quaestionibus in libros De anima I-II Aristotelis (= Comentario al “De anima” de Aristoteles, na ed. Alonso).
139 ff.; 270x180 mm.; pergam.; dupla numeração moderna, mas a do séc. XIX a tinta, está errada (omitiu 11 ff.), nova numeração contínua exarada a chumbo em 1961; Alonso utiliza a numeração barrada (= ff. 41r-134v); séc. XIV (Alonso data-o do séc. XIII); encadernação antiga, danificada com o pano anerior separado, planos em madeira, cobertos a couro, vestígios de fechos, uma mão do séc. XIV escreveu no plano anterior: «De anima et Liber de anime acurate scriptus»; segundo os catalogadores de Cracóvia, a escrita e o texto do f. 139v (cfr. o respectivo inc.) provam que o manuscrito teve pelo menos passagem por Paris; na margem inferior do f. 1r uma mão do séc. XV escreveu «Liber Monasterii s Dorothee in Wratislavia», mosteiro da Ordem dos Frades Menores fundado em 1351 em Wroc?aw, uma nota apagada no f. Iv, não legível com luz violeta, poderia ser relativa à propriedade do códice; teve a cota 487 (por Fassau no f. 1r) e a cota topográfica CC VIII 14. Bibl.: Wis?ocki, Katalog R?kopisów, cit., pp. 218-219; Grabmann, 1936, 108-115; Wis?ocki, Katalog R?kopisów, cit.; Grabmann, 1936, pp. 98-115; Alonso, 1944; Díaz y Díaz, Index, p. 294; Glorieux, La faculté des arts, p. 285 (que contém informações erradas, localiza o texto nos ff. 54-129v, dando como incipit o início do ff. 54r: «Ad evidentiam eorum quae secuntur, quearentur octo», o que corresponde ao início do texto da obra de Pedro Hispano no manuscrito de Veneza); Pontes, 1972, pp. 120-seg.; Pontes, 1976; Lohr, 1972, p. 359, nr. 3; Markowski – W?odek, Repertorium commentariorum... Cracoviae, cit., p. 49; J.M. Cruz Pontes, «Um manuscrito português [!] em Cracóvia», Correio da Manhã, 17/04/1990, p. 2 [esta p. do jornal encontra-se dentro do próprio manuscrito]; Catalogus codicum manuscriptorum medii aevi latinorum qui in Bibliotheca Jagellonica Cracoviae asservantur, vol. V, cit., pp. 203-206.
parte II
ff. 45-139; cad. 7-18; pergam.; copiado por uma mão do séc. XIV, excepto os ff. 45r-v e 139v; notas e glosas nas margens, em particular nos ff. 58r-138v; tem foliotação por mão do séc. XIV de 1 a 93; 2 col. de 47 a 50 linhas (excepto o f. 45r-v a três colunas); alguns espaços vazios na segunda coluna de alguns ff. onde parece faltar texto: 71v, 72r, 75r, 96r; linhas e margens traçadas a tinta; iniciais a vermelho e azul, cauda do C no f. 46ra filigranada a toda a altura do fólio.
1 (ff. 45ra-138vb) Petrus Hispanus, <Sententia cum quaestionibus in libros De anima I-II Aristotelis> (absque fine vel mut.?).
(ff. 45ra-va) Index questionum. inscr. Primum probleuma. inc. sit scientia de anima et que sit eius necessitas, adscr. Expliciunt questiones primi libri de anima secundum magistrum Petrum Hyspanum. expl. substancia anime que est futura perfectio fetus sit in semine deciso a patre.
(ff. 46r-60r) Quaestiones preambule. inc. Circa ea que determinantur in scientia de anima dubitantur principaliter tria, primum est de stabilitate. expl. in eadem scientia determinatur, scilicet in scientia phisicorum.
(ff. 60r-138v) Expositio, sententia et quaestiones. (Lib. I, lect. 1) rubr. Bonorum honorabilium noticiam opinantes. inc. Ex predeterminatis patuit noticia subiecti istius scientie et intensionis ipsius {Alonso corr. illius}. Nunc autem insistendum. (f. 95 ra) expl. lib. I explicit primus de anima magistri petri hyspani.
(Lib. II, lect. 1) inscr. Incipit expositio secundi Tractatus continentes duodecim capitula. In primo autem capitulo agitur de essentia. rubr. Hec quidem a prioribus tradita de anima dicta sunt. inc. Ut declaratum est in principio huius scientie due distinguuntur partes in hac scientia: prima est. des. ex abrupto (Lect. 15. 10) Ergo cum semen secundum Aristotelem non habet potentiam ad uitam … [deveria continuar: … que potentia datur ab unione substantie anime, patet quod anima secundum sui substantiam …](Em branco f. 139r; é o último f. do fascículo). [Ed. Alonso, 1944].
Pedro Hispano: Sententia cum quaestionibus in libros De anima I-II Aristotelis. Não há qualquer referência a Pedro Hispano no manuscrito.
Códice miscelâneo, com 2 partes. 2+I+99+I+2 ff.; pergam. (os ff. de guarda em pergam. provêm de manuscrito); encad. cartão revestido a couro, na lombada «S. THOM. / IN / PARIS:» e o brasão da Biblioteca Marciana estampado a seco ao centro dos dois planos; manuscrito provém da biblioteca de Bessarion, que em 1468 a doou à República de Veneza, e que viria a constituir, mais tarde, o primeiro núcleo da Biblioteca Marciana (Pontes, 1976, 181). Bibl.: A. Zanetti, Latina et Italica D. Marci Bibliotheca Codicum Manu Scriptorum per titulos digesta, Venetiis 1791, p. 118 (esta descrição está transcrita em Pontes, 1972, p. 128 n. 1); Valentinelli, Bibliotheca Manuscripta ad S. Marci Venetiarum, cit., vol. IV, pp. 49-50, = X.67 (descrição transcrita em Pontes, 1972, pp. 128-129 n. 2 e em Pontes, 1976, pp. 181-182, n. 42); Thorndike & Kibre, col. 36 (apenas referem os ff. 54-64); Lohr, 1972, p. 359, nr. 3; Pontes, 1972, 127-158 (onde edita diversos excertos do texto do De anima que divergem do apógrafo de Cracóvia); Pontes, 1976, 181-194.
parte II
ff. 54-99; 243x360 mm.; 2 col. de 60 a 65 linhas, amplas margens; 6 cad. de 8 folhas cada, excepto o 3º e o último, numerados de um a seis («Cela signifie à l’évidence que ce texte des “quaestiones” sur le De anima a eu une origine et une vie autonomes et que ce n’est qu’à la reliure qu’on doit le fait qu’il soit parvenu à faire suite aux commentaires antérieures contenus dans le même codex», Pontes, 1976, p. 183); 6 cad.: 1) ff. 54r-51v: 8 ff., cad. 2) ff. 62r-69v: 8 ff., cad. 3) ff. 70r-76rv: 7 ff., cad. 4) 77r-84v: 8 ff., cad. 5) 85r-92v: 8 ff., cad. 6) ff. 93r-99v: 7 ff., porque o fólio 100, o último, foi arrancado por estar em branco, por essa razão o f. 93 ficou solto e foi colocado, aquando da encadernação, entre o primeiro e o segundo do caderno com o número 94, na realidade é o f. 93, como está corrigido no manuscrito com os sinais adequados; escrita gótica, módulo pequeno, por um copista anónimo; primeira metade do séc. XIV, seguindo opinião de M.-Th. d’Alverny, cfr. Pontes, 1972, p. 130 n. 1 (Lohr: séc. XV); apenas a inicial “A” do f. 54ra é pintada, a azul; lemas com módulo um pouco maior, caldeirões e citações subllinhadoas a tinta; tentaminae pennae em hebraico e árabe no f. 99v ao lato; o códice foi identificado por J.M.C. Pontes: «Nous exprimons ici notre gratitude à Mlle Lia Sbraziolo, de la Biblioteca Marciana, qui nous a aidé trés gentiment à identifier et à découvrir ce codex» (Pontes, 1976, p. 181 n. 40). [em 1932 foi consultado por Th. Kaeppeli, em 1954 por L.J. Bataillon; em 1964 por C. Pontes e em 1966 por J. Ferreira]
1 (ff. 54ra-99va) Sententia cum quaestionibus in libros De anima I-II Aristotelis> (incompl.). inc. Ad evidentiam eorum quae sequuntur queruntur octo questiones. Prima est utrum de anima sit scientia, et quae sit necessitas scientiae de anima. Secunda est utrum de anima scientia sit nobis innata vel acquisita. (f. 74ra) inc. Incipit expositio secundi tractatus continens duodecim capitula. In primo autem capitulo agitur de essentie anime. des. Ab ipsa anima sed potentialiter sicut ab illa. inscr. alia manu f. 99v Super librum de anima. (Em branco: últimas 6 linhas do f. 61vb, 32 linhas iniciais do f. 62r, f. 63vb tem 45 linhas em branco; a partir de metade de 74ra até 76v; final de 99ra até 99v). [Contém mais texto que o outro apógrafo desta obra de Pedro Hispano, também por isso diz Pontes (1976, p. 189): «ce manuscrit renferme des éléments dont l’étude soigneuse garantit une contribution positive à l’établissement d’un texte plus parfait de ces Quaestiones libri de anima», dando seguidamente alguns exemplos (cfr. pp. 189-194 e Pontes, 1976, pp. cit.)].
Pedro Hispano: Scriptum super libro De animalibus Aristotelis.
I+223 ff.; manuscrito miscelâneo: 3 partes (a mão da parte I e da parte III parece ser a mesma, também os reclames parecem idênticos, o que quer dizer que a parte II terá sido intercalada aquando da encadernação); encad. em madeira coberta a couro e 2 fechos de metal com 2 rótulos no dorso: «Scriptum Ethycorum fratris Iohannis di Pichiano», o outro é ilegível; a mão que escreveu o título da obra I.1 também escreveu o título da obra III.1; título no plano porterior: «Scriptum Ethicorum fratris Iohannis | de Pechiano»; no f. IIv: «Liber Conuentus Sancte Crucis de Florentia Ordinis Minorum. Scriptum super Ethicam fratris Joannis de Pechano | Scriptum magistri Alexandrj super libro De anima | nr. 533»; proveniente da livraria do convento de Santa Cruz de Florença, constituída com os livros doados em 1426 por Michele di Guardiano à Mercanzia de Florença. Bibl.: C. Mazzi, «L’inventario quattrocentistico della Biblioteca di Santa Croce in Firenze», Rivista delle Biblioteche e degli Archivi, 8 (1897), p. 132; Wingate, 1931, p. 80; R.-A. Gauthier, Magnanimité..., Paris 1951, p. 297; Pontes, 1964, pp. 73-84; Lohr, Medieval Aristotle Commentaries, IV, p. 271 e V, p. 361; M.T. Goldstein, Gérard du Breuil et la zoologie aristotélicienne au XIIIe siécle. Dissert., École Nationale des Chartes, Paris 1969, pp. 67-126 passim, 263-340; A. Brounts, «Nouvelles precisions sur la pecia», Scriptorium, 24 (1970) 343-359, cfr. p. 357; D.C. Lindberg, John Pecham and the Science of Optics, London 1970, p. 9, n. 31 [mais bibliografia abaixo na secção “Fonte”]; Pontes, 1972, pp. 57-69 (história e conteúdo do manuscrito) e 69-102 (confronto com os Problemata e com a outra obra de Pedro Hispano com o mesmo título); M.T. Goldstein-Préaud, «Albert le Grand et les questions du XIIIe siècle sur le De animalibus d’Aristote», History and Philosophy of the Life Sciences, 3 (1981) 61-71; M.J.C. de Asúa, The Organization of Discourse on Animals in the Thirteenth Century. Peter of Spain, Albert the Great, and the Commentaries on “De animalibus” (Phil. Diss.), Notre Dame (Indiana) 1991, pp. 44-47 (manuscrito), 47-86 (autoria e comparação com o comentário do manuscrito Madrid, Biblioteca Nacional, 1877), 291-358 (lista de questões)
parte II
ff. 79-192.
1 (ff. 79ra-187rb) Petrus Hispanus, Scriptum super libro De animalibus Aristotelis. inc. Omnis perscrutatio anime aut est de natura sui et in se aut in relatione ad id cuius est actus, quod diuiditur in uegetabile, rationale, sensibile siue animale, de quo presens est intentio. des. et hoc est de secretis Dei sicut determinat et eius auxilio [auxiliis] operatur, formatur, cuius nomen sit benedictum. (ff. 187v-191v) Tabula (imperf.). expl. Utrum a uirtute intellectiua creata producatur in esse. (Em branco 11 linhas finais do f. 191vb e f. 192v). (f. 192v) Nota Scriptum super libro De animalibus. Nota alia manu Scriptum Petri His.. Nota. de naturis animalium et de … [Ed. de excertos: Pontes, 1964, pp. 279-282, edita os ff. 161vb-162ra; Pontes, 1972, pp. 83-84: parte do f. 130ra; Pontes, 1981, a pp. 400-401 edita a questão sobre a voz e a significação (f. 101ra); diversos excertos em Goldstein: Gérard du Breuil, cit., passim; Edições da lista de questões: Goldstein, Gérard du Breuil, cit., pp. 263-340; de Asúa, The Organization of Discourse on Animals, cit., pp. 291-358]. [Atribuiçãoa a Pedro Hispano: Glorieux, Répertoire des maîtres en théologie, II, p. 88 (nr. 88.c), mas Victorin Doucet, «Maîtres franciscains de Paris», Archivum franciscanum historicum, 27 (1934) 531-564, cfr. p. 559, atribui a obra a João Peckham].
Nota. A atribuição do f. 192v («Scriptum super libro De animalibus») está escrita a lápis de chumbo, como outras anotações ao longo do códice, e.g. nos ff. 97rb, 120rb, 121rb, 148va, 168vb, 172rb, sendo de atribuir ao revisor do trabalho do copista e não a uma mão posterior ou a uma inscrição posteriormente lavrada (cfr. Pontes, 1972, p. 68).
Obras médicas e zoológica de Pedro Hispano: Notulae super Johannicium [Ou Isagoge in artem parvam Galeni], Glosae super Tegni Galeni, Scriptum super librum Regiminis acutorum Hippocratis, Scriptum super librum Pronosticorum vel Glosae supra pronostica, Quaestiones super Viaticum Constantini, Scriptum et quaestiones super libro De dietis particularibus Isaac Iudei, Quaestiones super libro De dietis universalibus Isaac Iudei [mut. no final], Quaestiones super libro De urinis [Filareti? Theophili? ou de Isaac?]., Quaestiones super libros Galeni De crisi et super librum De diebus decretoriis, Glosae super Phylaretum De pulsibus, Quaestiones super libro De animalibus Aristotelis [mut. no final].
I+290+II ff. (os ff. 23 e 209 estão mutilados, outros foram cortados antes da nuemração); 340x230mm, área de texto: 270x185 mm. com marginalia; duas col. (as col. estão numeradas por obras); pergam. (guardas são cart.); várias mãos; glosas, anotações e esquemas marginais; séc. XIII (mas Lohr 1972: XIV); encad. do séc. XVIII, planos em cartão revestido a couro castanho, com título de lombada a ouro «petri hispani opera medica»; olim «L. 56». Bibl.: cit. pela primeira vez na 2ª ed. da Bibliotheca Hispana Vetus, de Nicolao Antonio, cur. Francisco Perezio Bayerio, t. II, p. 75a n. 1, Matriti 1788, «In Regia Bibliotheca Matritensi: (…) Petri Hispani omnium Medicorum operum: volumen spissum membranaceum saeculi, ut videtur XIV»; Gallardo, Ensayo de una Biblioteca Española de libros raros y curiosos, Madrid 1866, p. 74; A. Callebaut, «Jean Pecham, OFM et l’augustinisme. Aperçus historiques (1263-1285)» Archivum Franciscanum historium, 18 (1925) cfr. pp. 460-61; M. Grabmann, «Reciente descubrimiento de obras de Petrus Hispanus (Papa Juan XXI † 1277)», Investigación y Progresso, 2 (1928) 85-86; Idem, Mittelalterliche lateinische Aristotelesübersetzungen und Aristoteleskommentare in Handschriften spanisher Bibliotheken, Bayerischen Akademie der Wissenschaften, München 1928, pp. 98-113 (cfr.: § 11. «Medizinische Traktate und der Kommentar des Petrus Hispanus zur aristotelischen Tiergeschichte im Cod. 1877 der Biblioteca nacional zu Madrid»); Gilson, «Les sources …», 1929, pp. 105-106; Bibliografia Geral Portuguesa, II, pp. 376, 377, 378-9; Díaz y Díaz, Index, p. 292-293; Alonso, 1961, pp. XIII-XVI; Thorndike & Kibre, col. 286, 1277, 1672, 1482, 1483, 1505; Inventario general de manuscritos de la Biblioteca Nacional, cit., vol. V, pp. 305-306; Glorieux, La faculté des arts, p. 285; Pontes 1962; Schiperges, 1967b; Lohr, 1972, p. 361; Pontes, 1972, pp. 51-102 (história e conteúdo do manuscrito); T.M. Goldstein, Gérard du Breuil et la zoologie aristotélicienne au XIII.e siécle, Dissert. dactilo., École Nationale des Chartes, Paris; Kibre 1975, p. 122; Inventario general de manuscritos cit.; Kibre, 1981, p. 285 n. 28; Kristeller, Iter Italicum, IV, p. 1986: 128; Lohr, Aristotelica Matritensia pp. 258-259; Wack, Lovesickness, pp. 230-231, 305-306; Morpurgo 1993, pp. 109-146.
Na Bibliografia Geral Portuguesa (II, 1944, 377) sob o título Scripta magistri Petri Juliani Yspani lê-se «Miscelânea de manuscritos que Iohannes de Florença, médico de Clemente VI, tinha na sua biblioteca. Depois do seu falecimento, cêrca de 1348, foi encorporada na do Sumo Pontífice [deve portanto referir-se a um manuscrito da Vaticana]», mas nas pp. seguintes enumeram-se 8 das obras contidas neste manuscrito.
Embora as dimensões das colunas e dos fólios sejam semelhantes, é possível distinguir três partes, de acordo com a qualidade do pergaminho, diferenças da escrita e particularidades da empaginção (cfr. por exemplo ff. 20r, 26r, 258r).
I
parte III
ff. 256-290; 2 col., 66 linhas (f. 256r), 56 linhas (f. 274); séc. XIV; pergam. mais grosso que a parte precedente; 2 col.; uma mão, diferente de qualquer uma das anteriores; possui títulos correntes que indicam o livro de Aristóteles comentado (letra “L” no verso e número no recto); títulos correntes e numeração das col. pela mesma mão que elaborou a tábua e numerou as restantes colunas do códice; numeração das col. recomeça com cada livro do De animalibus.
1 (ff. 256ra-290rb) , Quaestiones super libro De animalibus Aristotelis I-XVI [mut. in fine]. inscr. marg. sup. Quaestiones super libro De animalibus Aristotelis. inc. prol. Sicut dicit Ysaac in libro suo De diffinitionibus philosophia est cognitio sui ipsius ab homine uel cognitio. (f. 256rb) inc q. 1 Circa istam partem primo queritur utrum sit possibilis esse scientiam de omnibus animalibus et uidetur quod non, quam ut dicit philosophus omnis scientia est de uniuersali, [descrição da Bibliografia Geral Portuguesa II, 1944, p 379, (q. 2) inscr. Utrum unus homo uel uita unius hominis sufficiat ad traditionem doctrine de omnibus animalibus [esta é I.3 dada na Tabula]. des. mut. est medium uite. Ergo in elemento calido et humido plus generantur animalia quam in alio huismodi... [Títulos correntes: .L. no verso e número do livro no recto de I a XIX, embora apenas haja questões relativas aos livros I-XVI]. (Foi cortado o f. 291, de que resta o festo notando-se que toda a col. ra estava escrita, mas não a col. vb). [Edição proposta no Bulletin de la Société de Philosophie médievale (nunc Bulletin de philosophie médievale), 4 (1962) p. 76, nr. C.70; Grabmann, Mittelarterliche lateinische, 1928, pp. 112-113, publica excerto do f. 274r; Lawn, 1963, pp. 207-208, publica um excerto dos ff. 258rb-va; Pontes, 1964, pp. 255-278, publica os ff. 286ra-288ra; Pontes, 1972, pp. 83-84, publica excerto do f. 257 e na p. 94 publica 4 linhas do f. 269; ed. integral: F. Navarro Sánchez, Petri Hispani Questiones super libro de animalibus Aristotelis. Estúdio, edición y traducción del ms. 1877 de na B.N. de Madrid, 2 vol., tesis de doctorado, Universitat Autónoma de Barcelona, Barcelona 2009].
Pedro Hispano: Quaestiones super libro De animalibus Aristotelis. País: Città del Vaticano. No manuscrito não existe referência a Pedro Hispano.
II+179+II ff.; miscelâneo: 6 partes; pergam., guardas em papel; séc. XIV ou XV, no f. 136vb existe uma datação de conclusão de cópia: «anno Domini 1338 et die quinta iulii», por outro lado, no incipit do texto nr. 5 Tomás de Aquino já é referido como santo; encad. da Bib. Vaticana, séc. XVIII ou XIX, coma cora a ouro na lombada. Bibl.: Inventario Ceccucci (1882) p. 191 (onde se lê: «Cod. pergam. in fol. saec. circiter XV, ff. 179, Commentaria in Aristotelis libros Physicorum, De anima, Mateororum et De animalibus. Queres quid est f. 1»); manuscrito citado em Lohr, Medieval Aristotle Commentaries, 28 (1972) 339 e 29 (1973) 134; em Revue des Sciences philosophiques et théologiques, 58 (1974) 110; em Archivum fratrum praedicatorum, 36 (1966) 81; Codices manuscripti operum Alberti Magni, p. 62; Bulletin de philosophie médiévale, 27 (1985) 158; Etzkorn, Iter Vaticanum Franciscanum, cit., pp. 197-199 (não identifica a obra de Pedro Hispano).
parte V
ff. 149ra-178vb; 320x245 mm.; pergam.; 2 col.; esporádicas anotações marginais e alguns desenhos nas margens: f. 133ra (homem de perfil), f. 134ra (cabeça de veado), 164 ra (mão e cabeça), etc.
1 (ff. 149ra-177rb) , Quaestiones super libro de animalibus Aristotelis. inscr. marg. sup. Incipiunt questiones super librum de animalibus Aristotelis. inc. prol. Sicut dicit Isaac in libro suo de diffinitionibus, philosophia est cognitio sui ipsius ab homine. (f. 149rb) inc. q. 1 Circa istam partem primo queritur utrum sit possibile esse scientiam de ominibus animalibus. Videtur quod non, quoniam sicut dixit Philosophus, omnis scientia est de uniuersale. des. quod comeduntur in qua digestiua. Et etiam forte non erit homo, etc.
Pedro Hispano: Scientia libri de anima.
II+119+I ff.; pergam. (as 4 folhas de guarda em papel); 2 partes; olim «L. 55». Bibl.: cit. pela primeira vez na 2ª ed. da Bibliotheca Hispana Vetus, de Nicolao Antonio, cur. Francisco Perezio Bayerio, t. II, p. 75a n. 1, Matriti 1788: «In Regia Bibliotheca Matritensi: Petri Hispani Portugallensis: Scientia de anima. Codex membranaceus iustae mollis, circa annum MCCC exaratus»; M. Grabmann, «Reciente descubrimiento de obras de Petrus Hispanus (Papa Juan XXI † 1277)», Investigación y Progresso, 2 (1928) 85-86; M. Grabmann, «Ein ungedrucktes Lehrbuch der Psychologie des Petrus Hispanus (Papst Johannes XXI. † 1277) im Cod. 3314 der Biblioteca nacional zu Madrid», Spanische Forschungen der Görresgesellschaft, 1 (1928) 166-173; Grabmann, 1937-38; Bibliografia Geral Portuguesa, II, pp. 362, 363, 366; Díaz y Díaz, Index, p. 293-294; Alonso, 1961; Thorndike & Kibre, col. 1043; Glorieux, La faculté des arts, p. 285; Pontes, 1972, pp. 11-115; Lohr, 1972, 359, nr. 2; Idem, Mittelalterliche lateinische Aristotelesüberstzungen und Aristoteleskommen-tare in Handschriften spanisher Bibliotheken, (Sitzungsberichte der Bayerischen Akademie der Wissenschaften, Philosophish-historische Abteilung, 5) Bayerischen Akademie der Wissenschaften, München, 1928, pp. 63-70; C. Pontes, 1972, pp. 11-115; Inventario general de manuscritos de la Biblioteca Nacional, cit., vol. X, p. 66; Lafleur, 1988, pp. 10-16; Lohr, Aristotelica Matritensia 266-268.
parte I
ff. 3-67 (+ff. 1-2); 300x219 mm., amplas margens; 2 col., 57 lin.; escrita gótica, do norte de França, por duas mãos: mão 1 nos ff. 3-10 e 40-67, mão 2 nos ff. 11-39; correcções e anotações nas margens; nos ff. 11r-39v títulos e caldeirões a vermelho, nos restantes o espaço encontra-se em branco, com letras e títulos de aviso nas margens.
0 (ff. 1-2) (folhas de guarda, provenientes de um tratado jurídico, cfr. ff. 118-119).
1 (ff. 3ra-67va) Petrus Hispanus, Scientia libri de anima. inv. In honore summe, sancte ac indiuidue Trinitatis patris ac filii et spiritus sancti. Incipit scientia libri de anima a Petro Hyspano Portugalensi edita. inc. prol. Philosophice speculationis sublimis intuitus, perspicacis inuestigationis ductu mundane machine uniuersum ambitum conprehendens, omnium rerum essentias, proprietates, uirtutes, opera, ordinem, pondus, mensuram, effectus, horumque causas nititur indigare. des. Tractatorum igitur animatarum rerum peritia ab anime notitia, que earum et ipsarum operum est causa, initium sumat. coloph. Ego igitur Petrus Hispanus Portugalensis, liberalium artium doctor, philosophice sublimitatis gubernator, medicinalis facultatis decor[e], ac proficue rector, in scientia de anima decreui hoc opus precipuum conponnendum [!], pro cuius complemento diuine bonitatis largitas gratiarum actionibus exaltetur. expl. Completus est liber de anima a Petro Hispano Portugalensi editus. [Três últimas linhas foram muito raspadas e estão ilegíveis, a frase «a Petro Hispano Portugalensi editus» encontra-se também sobre parte raspada e parece a mão ou ductus algo diferente da do resto da página]. (Em branco f. 67vb). [Ed. parcial: Grabmann, 1937-38 (pp. 182-208, edita: X, 5, 6, 7; Proemium; XIII, 8; diuisio textus); ed. integral: Alonso, 1941 e Alonso, 1961 (2ª ed.)].
parte II
ff. 68-117 (+ff. 118-119); 302x219 (margens menores que as da parte precedente); 2 col., 57 lin.; escrita gótica, por uma uma mão ânglica; séc XIII-XIV.
1 (ff. 68ra-89rb) Anonymus, Expositio librorum II-III De anima. inc. (ex abrupto na explicação de II,1, 412a23) … ergo anima est actus ut scientia. Et intelligendum quod dixit scientiam esse priorem natura ipsa consideratione in eodem. des. Alia autem est eius operatio scilicet in ipso alimento discernere delectabile a tristabili et quo ad hanc eius operationem est necessarius propter bene esse solum. (Em branco f. 77v) [Alonso atribuiu e editou este texto como pertencendo a Petrus Hispanus. Posteriormente, no manuscrito Firenze, BNC, Conv. soppr. G.4.853 [c. 1260-1268, Brams p. 215-6], ff. 193ra-222va, foi identificada um apógrafo integral da Expositio libri De anima I-III, inscr. manu rubricatoris marg. sup. Scriptum magistri Alesandri super librum de anima (f. 193ra); inscr. marg. sup. alia manu De primo libro de anima Alexandri Magni (f. 194rb). rubr. Bonorum honorabilum etc. inc. Iste liber de anima diuiditur in duas partes scilicet in partem prohemialem et executivam, que incipit ibi principium autem questionis. Et prima pars diuiditur in duas, in quarum prima dat intentionem suam super eis que principaliter sunt [Ed. M. Alonso, Pedro Hispano Obras Filosóficas III, Madrid, 1952, pp. 120-401]. [Cfr. J. Brams, «Le premier commentaire médiéval sur le “Traité de l’âme d’Aristote”?», Recherches de Théologie et Philosophie médiévales, 68 (2001) 213-227; excerto de outra versão da obra existe no manuscrito Erfurt, BA, 4º. 312, ff. 20va-28vb: Anonymus, Expositio libri De anima I-III (excerpta)].
Pedro Hispano: Scientia libri de anima (incompl.) e Glosae Salamantinae (incompl.), comentário das Summulae logicales por mestre Bartolomeu.
Códice miscelâneo, com 2 partes. III+IX+261+III ff; duas partes: I) ff. a-h, 1-152, II) ff. 124-261: 282x210 mm.; 39 linhas (f. 77r); cart. (pelas filigranas do papel é possível verificar a composição factícia do códice; a parte com o texto de Pedro Hispano não tem filigrana, mas o texto anterior tem: círculo com balança de 2 pratos, cujo fiel se prolonga para cima e termina com 2 bolas, encimado por cruz); por diversas mãos (do f. 140v ao 141 r há uma mudança de módulo que se torna mais pequeno, mas a mão parece ser a mesma; do f. 148v ao f. 149r há outra mudança, com o módulo a tornar-se mais regular e legível e a tinta mais clara), (notar que Pontes, 1972, p. 112, diz que o papel é o mesmo); séc. XV; olim «MCCLXXXII», «728», «5790». Bibl.: Catalogus codicum manuscriptorum Bibliothecae Regiae, Pars III, Tomus IV, Typographia regia, Parisiis 1744, p. 242b (a Scientia é descrita como «Anonymi commentarius in librum Aristotelis de anima»»); de Raedemaker, 1963, p. 170; Idem, 1964, p. 129; o texto da SLA foi identificado por de Rijk,1970 a, p. 41; Idem, 1972, p. L, n. 1 (sobre as “Glose Salamantine”); Pontes, 1972, pp. 111-115.
parte I
3 (ff. 77ra-123vb) Scientia libri de anima I-IX, cap. V (imperf.)>. inc. Philosophice speculationis sublimis intuitus, perspicacis inuestigationis ductu mundane machine uniuersum ambitum comprehendens. des. mut. anime natura spiritualis corpori adueniens conquiescat. Ipsa igitur... (manet interruptus). [Este apógrafo da Scientia libri de anima (identificado por de Rijk) não foi usado em nenhuma das edições da SLA, por ainda não ser conhecido na altura].
Pedro Hispano: Liber de morte et vita et de causa longitudinis et brevitatis vitae (Tractatus bonus de longitudine et brevitate vite).
II+197+II ff.; séc. XV, terminado em 1423; escrita cursiva, por Frederico Naghel de Trajecto (Utrecht) em Oxford em 1423, (cfr. infra coloph. do f. 197vb); iniciais a azul, caldeirões a vermelho e azul; semcorrecções marginais, excepto os nomes de autores e títulos inscritos nas marg. pelo copista; encad. em couro, do séc. XVIII ou XIX: origem: Oxford; notas de posse no f. 197vb: ««Cest livre est a moy Homfrey duc de Gloucestre du don <…> treschier en dieu labbe de seint Albon» e «Et a ceste heure voyre en l’an de notre Seigneur 1557 a moy Jehan Dee, Anglois, le quel ie achetay par le poys payant pour chacune lettre en gros»; em 1710 recebeu a cota «243 (W.C.4.2)». Bibl.: Coxe, Catalogus codicum MSS. qui in collegiis aulisque, II, 100-101 (do C.C.C.); Codices manuscripti operum Alberti Magni, pp. 117, 121; Grabmann, 1936, pp. 104-108; Thorndike, 1923, p. 501; Díaz y Díaz, Index, p. 293-294; Thorndike & Kibre, col. 1492; Glorieux, La faculté des arts, p. 285; A.G. Watson, Catalogue of Dated and Datable Manuscripts c. 435-1600 in Oxford Libraries, 2 vol., Oxford 1984, vol. I, p. 130, nr. 781; de Raedemaker, 1965, nr. 182; Lafleur, 1988, pp. 58-64.
Colectânea com 23 textos de filosofia (descrição exaustiva em Lafleur, cit.).
9 (ff. 15v-28v) Petrus Hispanus, Liber de morte et vita et de causis longitudinis et brevitatis vite. inc. Sicut igitur in negotio nostro de anima expressum est uite perfectio corporibus conuenit soli mixtus. des. generales igitur ac speciales cause longitudinis et breuitatis uite he sunt. Et ideo ad huius operis complementum peruenit sermo cum Dei auxilio. Cui gloria et gratiarum actio per secula infinita. Amen. expl. Explicit Liber de morte et uita et de causis longitudinis ac breuitatis uite magistri Petri Hispani. [sine prol.]. [Ed. Alonso, 1952, pp. 413-490 (cotejado com o manuscrito de Sevilla)].
Sobre as obras de petrus Hispanus ver a página do projeto Critical Edition and Study of the Works Attributed do Petrus Hispanus - 1 (PTDC/MHC-FIL/0216/2014).